A Prefeitura de Maceió, por meio do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan), encerrou nesta sexta-feira (13), no Instituto Federal de Alagoas, no Centro, a audiência pública sobre a revisão do Plano Diretor da capital alagoana. O documento é essencial para orientar o futuro da cidade.

A iniciativa começou na última quinta-feira (12) e reuniu administradores públicos, técnicos e a população maceioense para debater e consolidar diretrizes que nortearão o desenvolvimento urbano de Maceió.

No primeiro dia de atividades, foram apresentados e debatidos os princípios, macroestratégias, divisão territorial e ordenamento territorial.  No segundo dia os temas abordados foram os parâmetros urbanísticos para parcelamento, ocupação e uso do solo, além dos instrumentos da política urbana e do sistema municipal de planejamento e gestão.

Durante a abertura, o secretário-presidente do Iplan, Antonio Carvalho, destacou a importância da participação popular na construção do Plano Diretor. “Queremos ouvir a todos que desejam contribuir. É essencial que todas as vozes sejam consideradas para que possamos construir juntos um plano que atenda às demandas da cidade e da população, transformando Maceió em uma cidade para pessoas, mais inclusiva, inovadora e sustentável”, afirmou.

Caderno de consolidação e cartilha propositiva

Durante a audiência, foi apresentado o Caderno de Consolidação, documento que reúne as contribuições técnicas e comunitárias coletadas durante o processo de revisão. Ele sintetiza os principais produtos gerados, incluindo as publicações Caderno de Leitura Técnica; Caderno de Leitura Comunitária; Caderno de Proposições Técnicas; e Caderno de Proposições Comunitárias.

A diretora-executiva de Planejamento Urbano e Cidade Inteligente, Maria Luísa, destacou a importância da inclusão da cartilha propositiva na elaboração do Plano Diretor. “Essa cartilha, que não estava prevista no plano inicial, foi desenvolvida para tornar o processo mais acessível e didático, garantindo que todos compreendam as propostas”, pontuou.

A cartilha oferece um panorama das principais modificações propostas no ordenamento territorial de Maceió, destacando princípios como o cumprimento da função social, a inclusão social, o desenvolvimento territorial alinhado ao respeito à paisagem e as questões ambientais, sustentáveis, tecnológicas e econômicas.

Participação popular em números

O processo de revisão do Plano Diretor recebeu mais de 1.500 contribuições, sendo 576 agrupadas por afinidade temática. As sugestões incluem propostas relacionadas à mobilidade, construção de uma cidade caminhável, valorização da arborização e tecnologias urbanas, que foram incorporadas à minuta do documento final, refletindo o esforço técnico e jurídico da equipe responsável.

A audiência pública também contou com uma atividade de contribuições abertas, organizadas em blocos de falas. A metodologia foi escolhida por garantir a ampla participação da comunidade e permitir que um maior número de pessoas apresentasse suas ideias e dúvidas.

O arquiteto e urbanista Arthur Douglas destacou a importância da participação popular na construção do Plano Diretor, já que o documento orienta o crescimento e o desenvolvimento de Maceió pelos próximos 10 anos. “É essencial debater temas como gestão do território, habitação, uso do solo, mobilidade, infraestrutura e promoção da arborização, para construirmos uma cidade mais sustentável, inclusiva e com maior qualidade de vida para as próximas gerações, consolidando uma verdadeira Maceió do futuro”, informou.

A revisão do Plano Diretor representa um marco no planejamento urbano de Maceió e visa tornar a cidade mais inclusiva, caminhável, sustentável e alinhada às necessidades dos moradores.

 Mais informações sobre o processo e as publicações com os resultados das discussões e sugestões estão disponíveis no site oficial do Plano Diretor, planodiretor.maceio.al.gov.br, promovendo a transparência e o engajamento popular.