Apesar da proibição por lei de não ser autorizado distribuir santinhos no dia da eleição, isso foi o que mais se viu em frente à Escola Estadual Costa Rêgo, localizada no bairro Alto do Cruzeiro, em Arapiraca.

Constatamos essa ilegalidade desde as primeiras horas. A polícia e, mesmo os fiscais das zonas eleitorais, no entanto, preferem se resguardar, não gravar entrevista e nem se identificar.

Um dos policiais que faz a segurança da unidade de educação confirmou que não tem condições de fazer a fiscalização interna e externa da escola. Ele disse que, quando chegava a denúncia de derrame de santinhos, até ir à entrada da escola, os responsáveis fugiam nos veículos em disparada.

O militar contou, ainda, que o derrame começou ainda na madrugada. “A escola já amanheceu com o chão coberto por esses panfletinhos, mesmo os responsáveis tendo conhecimento da infração”, revelou o agente de segurança.

A prática de espalhar santinhos e outros materiais impressos pelas ruas na véspera e no dia da votação é um crime eleitoral, que pode inclusive trazer punições para os próprios candidatos.

O "derramamento" ou "derrame" de santinhos é uma prática usada nos momentos próximos ao pleito, em locais de votação e em ruas próximas. Acontece, por exemplo, na véspera do pleito, na madrugada do primeiro turno e no horário em que as seções eleitorais começam a funcionar.

A pena é detenção de seis meses a um ano, com a possibilidade de aplicação de punição alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, além de multa.

FALTA DE ÁGUA - Uma fiscal, que também não quis ter o nome identificado, disse não ter conhecimento de que o TRE não estava fornecendo água para quem estivesse trabalhando no controle das mesas eleitorais, como chegou a ser denunciado por alguns mesários nas primeiras horas deste domingo, 06.