Governo suspende averiguação e revisão cadastral do Bolsa Família no RS até dezembro
Enchentes; RS: Bolsa Família
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que vai suspender ações de averiguação e revisão cadastral do Bolsa Família no Rio Grande do Sul até dezembro deste ano. A medida, anunciada neste sábado, 11, tem como objetivo dar um suporte às pessoas que foram atingidas pelas fortes enchentes no Estado nas últimas semanas.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, a providência visa a manter os pagamentos de benefícios e suspender repercussões que resultem na interrupção do pagamento, como bloqueios e cancelamentos. Segundo a Pasta, mais de 252 mil famílias haviam sido convocadas no Estado para regular seus cadastros.
O Ministério também afirmou que as famílias que teriam seus pagamentos interrompidos a partir de maio, em razão de não regularização cadastral dentro dos prazos e procedimentos estabelecidos por esses processos, terão os pagamentos do Bolsa Família retomados.
"Nossa prioridade é cuidar das famílias e garantir proteção social", afirmou o ministro da pasta, Wellington Dias, em nota. "Estamos concentrando os esforços e tomando todas as medidas para que o auxílio chegue a todos."
Na quinta-feira, 9, o governo federal apresentou um pacote com medidas para socorrer o Rio Grande do Sul. Foram 12 ações, que vão injetar R$ 50 bilhões para o Estado, sobretudo em ações de crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores. Segundo a gestão federal, serão beneficiadas, ao menos, 3,5 milhões de pessoas.
Dentro do pacote anunciado, o governo liberou o calendário de pagamento dos programas Bolsa Família e Auxílio-Gás, antecipando os pagamentos no mês de maio. A ação atingirá 583 mil famílias, com impacto de R$ 380 milhões.
De acordo com os números mais recentes divulgados pela Defesa Civil, cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, em 444 dos 497 municípios do Estado gaúcho. O número de mortes chegou a 136. Há, aproximadamente, 340 mil pessoas desalojadas e outras 71 mil em abrigos.