Kleverson Levy
Kleverson Levi é jornalista e escreve especialmente sobre política.Ex-prefeitos que elegeram sucessores se mantêm perto do cargo e Poder
Alguns ex-prefeitos assumiram, desde que deixaram o cargo em 31 de dezembro de 2024, já começam o ano novo de 2025 empregados. Os ex-gestores passaram a assumir comandos de pastas municipais em alguns municípios alagoanos.
Em Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, o “ex-Imperador” (MDB), vai ficar ao lado da prefeita Tia Júlia (MDB) no mesmo gabinete que foi dele há oito anos. Sem deixar o Poder e ainda com domínio na Prefeitura, o ex-prefeito não tem caneta nas mãos, mas conduz a Tia-prefeita como marionete (o Blog Kléverson Levy sempre escreveu sobre isso) para fazer o que quiser no Executivo palmeirense.
A questão em tese e que se discute nos bastidores, todavia, é que JC poderá enfrentar problemas com a Câmara de Vereadores, já que os edis dizem que não tratam nada com ex-prefeito e, sim, com a prefeita que foi eleita para o cargo em que está desde 01 de janeiro.
Será?
Outra cidade modelo arreigada pelo comando do ex-gestor é Rio Largo. O ex-prefeito Gilberto Gonçalves, o GG -“Quero meu Dinheiro”, foi nomeado pelo sobrinho e prefeito eleito, Carlos Gonçalves (PP), para assumir uma pasta( Secretário Especial de Governo) em que já disse que quem manda é ele – GG, o tio. A conta sempre chega depois da eleição e com os novos mandatos. Afinal, o atual prefeito de Rio Largo, Carlos Gonçalves, foi eleito com 32.496 votos (62,99% válidos).
Não sendo diferente de outros municípios aqui citados, o ex-prefeito de Piaçabuçu, Djalma Beltrão (MDB), deixou o comando da cidade no final de dezembro e, em 01 de Janeiro, foi nomeado para assumir a Secretaria Municipal de Saúde. Beltrão elegeu o sucessor, o prefeito Rymes Lessa (MDB), mas se mantém perto da nova gestão municipal.
Por fim, o ex-prefeito de Cacimbinhas e – ainda – presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley (MDB), foi bi-campeão no sertão alagoano. HW conseguiu eleger o primo e atual prefeito cacimbinhense, Vaval Wanderley (MDB), e, apesar de fazer seu sucessor, Wanderley (Hugo) aterrissou em Estrela de Alagoas.
Na terra em que derrotou a família Garrote, o ex-prefeito de Cacimbinhas tornou-se “prefeito” (não de direito, eleito pelos votos, mas de comando total) da cidade estrelense. Dizem que, apesar de eleger o tio, Roberto Wanderley (MDB), quem dá as cartas é o sobrinho. Hugo Wanderley, portanto, é uma espécie de super-hiper-secretário da nova gestão de Estrela de Alagoas em 2025.
Afinal, os ex-prefeitos que, em sua maioria fizeram sucessores em 2024, se mantêm perto do cargo e do Poder para não perder o costume de serem chamados de eternos prefeitos. Será? Eis a política e retorno que ela oferece.
Feliz Ano Novo!
Por aqui, continuamos com o mesmo jornalismo, respeito e a mesma credibilidade conquistada! “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.
É isto!
E viva a política dos políticos em Alagoas!
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