Venezuela chama de 'ridícula' a ordem de prisão da Argentina contra o presidente da Nicarágua
Ação foi anunciada na noite desta segunda-feira (30). Chancelaria venezuelana afirma que medida está alinhada com a hegemonia ocidental.
O governo venezuelano qualificou como "ridícula" e "ilegal" a ação do juiz federal argentino Ariel Lijo, que ordenou a prisão do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e da vice-presidente, Rosario Murillo, por suposta responsabilidade em atos de violação de direitos humanos.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (30), a chancelaria venezuelana afirmou que a ação argentina foi tomada em alinhamento à hegemonia ocidental.
"A Venezuela rejeita veementemente a ação ilegal e ilegítima tomada pelo juiz federal argentino Ariel Lijo contra o presidente Daniel Ortega, a vice-presidente, Rosario Murillo, e altos funcionários do governo da Nicarágua […] Esta ação ridícula, baseada em falsidades de agentes alinhados à hegemonia ocidental e setores de oposição anti-sandinistas, demonstra o uso político do sistema judicial argentino como instrumento de intervenção", diz o comunicado, divulgado pelo chanceler Yván Gil.
O mandado de prisão contra Ortega foi emitido pela justiça argentina nesta segunda-feira. Nas redes sociais, o advogado argentino Darío Richarte, que conduziu o processo, anunciou que, após quase dois anos e meio de investigação, o juiz Lijo emitiu um mandado de prisão de captura internacional para Ortega, Murillo e uma dezena de pessoas supostamente responsáveis por violações dos direitos humanos na Nicarágua.