VERSÕES

Advogado dos PMs envolvidos na perseguição que terminou na morte de adolescentes fala sobre o episódio

Por Cinara Corrêa, da Sucursal de Maceió Publicado em 24/10/2024 às 18:03
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A Polícia Civil de Alagoas ouviu, nesta quarta-feira,23, os seis policiais envolvidos na perseguição que terminou com a morte de dois adolescentes, em Colônia Leopoldina, na noite do domingo, 13. Os adolescentes foram identificados como Walisson de Lima e Jonatas, de 16 e 15 anos. Eles contaram que a abordagem aos adolescentes aconteceu após relatos da população de que eles estariam praticando assaltos na região.

"Eles foram ouvidos pela autoridade policial que preside o inquérito, onde apresentaram as versões deles. Eram seis policiais. Três em cada viaturas do Pelopes, e narram o caso com a riqueza dos detalhes. Eles citam que por volta da 20h daquela noite estava na Rua do Cavaco, quando receberam a informação de um transeunte, que passou pela rua, disse que havia duas pessoas em uma moto sem placa que estariam praticando assaltos nas região”, disse o advogado Napoleão Lima Júnior, que defende os PMs.

Segundo o advogado, logo após a denúncia do morador, os adolescentes foram avistados em uma rua próxima de onde os PMs estavam, o que teria dado início à perseguição. Os policiais relataram que um dos adolescentes, que estava na garupa da moto, teria efetuado disparos contra uma das guarnições.

"Os policiais foram ao encalço dessas pessoas para identificá-las. Em determinado trecho, eles foram identificados e, nesse momento, acionaram o giroflex das viaturas e a sirene, e determinaram a parada dois indivíduos. Eles não obedeceram ao comando dos policiais. De imediato, começou uma perseguição e, em determinado momento, eles começaram a fazer zigue-zague com a motocicleta. O garupa da moto sempre colocando a mão na cintura. Nesse momento, quando a viatura foi chegando mais perto, o garupa efetuou alguns disparos em direção a essas duas guarnições. O motorista, tentando se desvencilhar, acaba batendo na, é aí quando acontece o capotamento dessa viatura. Depois do capotamento, o comandante da guarnição desembarca, os meliantes continuam disparando contra a polícia e os policiais revidaram a essa agressão", finalizou o advogado.