Dólar recua por exterior e de olho em IPCA-15 e Governo Central
MERCADO; DÓLAR
O dólar opera em baixa na manhã desta terça-feira, 28, refletindo o alívio externo da moeda americana e rendimentos dos Treasuries, em meio à alta do petróleo e sinais mistos entre os futuros das bolsas de Nova York na volta do feriado nos EUA.
Os investidores estão à espera de falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), do índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos e leilões de Treasuries.
Na agenda interna, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) acelerou a alta a 0,44% em maio, após ter subido 0,21% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,47%. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 2,12% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 3,70%. As projeções iam de avanço de 3,53% a 3,90%, com mediana de 3,73%.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, subiu 0,74% em abril ante avanço de 0,35% em março.
As contas do Governo Central registraram superávit primário em abril. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 11,082 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 1,527 bilhões em março. O saldo - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - foi o pior desempenho em termos reais para o mês desde o ano passado - a série histórica do Tesouro foi iniciada em 1997. O resultado do mês passado ficou pouco abaixo das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um superávit de R$ 12,6 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast.
Em 12 meses até abril, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 253,4 bilhões, equivalente a 2,23% do PIB. Para 2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano.
Às 9h33, o dólar à vista caía 0,47%, a R$ 5,1475. O dólar para junho recuava 0,51%, a R$ 5,1475.