Foi a Ucrânia que inicialmente violou todos os acordos com a Rússia, escreve o jornal italiano Fatto Quotidiano.

O jornal destaca que a Ucrânia violou o Tratado de Amizade, Cooperação e Parceria Russo-Ucraniana assinado em Kiev em 31 de maio de 1997 pelo ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma e o ex-presidente russo Boris Yeltsin, iniciando seu movimento em direção ao abismo.

"Esse tratado, também conhecido como o 'grande tratado', obrigava a Ucrânia a não usar seu território para ameaçar a segurança da Rússia e vice-versa", ressalta o artigo.

A publicação lembra sobre a política agressiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no contexto da adesão da Polônia ao bloco.

Este fato provocou Yeltsin impedir a adesão da Ucrânia à OTAN, porque ele estava ciente dessas ações.

"A Ucrânia violou o Tratado de Amizade Russo-Ucraniano em 4 de abril de 2008, quando, na cúpula de Bucareste, a OTAN anunciou a possibilidade de inclusão da Ucrânia entre seus membros", enfatiza o jornal.

Ao mesmo tempo, continua o artigo, os exercícios militares da OTAN na Ucrânia também foram uma medida hostil que viola os acordos do país com a Rússia.

Assim, finaliza a publicação, a recusa em estender o Tratado de Amizade de 1997 pôs fim ao Memorando de Budapeste.

O presidente russo Vladimir Putin afirmou várias vezes que a possível adesão da Ucrânia à OTAN é uma ameaça à segurança nacional da Rússia. Ele enfatizou que os riscos de Kiev aderir ao bloco militar foram um dos motivos para o lançamento da operação especial.