CONFLITO

Ex-soldado do Exército ucraniano relata quanto custa não ir para linha de frente

O documento que dá o direito a um cidadão ucraniano não ser imediatamente mobilizado custa na Ucrânia US$ 700 (pouco mais de R$ 4 mil) por mês, informou um prisioneiro de guerra, ex-soldado ucraniano, Sergei Revenko, à Sputnik.

Publicado em 12/11/2024 às 04:22
© AP Photo / Libkos

Em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia declarou uma mobilização geral, proibindo que homens em idade de recrutamento militar deixassem o país para que pudessem ser convocados para lutar a qualquer momento.

O atual líder ucraniano Vladimir Zelensky também declarou a lei marcial.

De acordo com ela, todos os homens entre 18 e 60 anos são considerados sujeitos ao dever militar e podem ser mobilizados, a menos que tenham o chamado adiamento.

No entanto, as instituições ou empresas podem solicitar um adiamento da mobilização para seus funcionários "mais valiosos". Só que para isso têm que pagar.

"Seu chefe deve pagar para que você tenha um adiamento por um mês [para que você] vá trabalhar, não seja levado, possa se mover livremente pela cidade, 30 ou 32 mil [grívnias ucranianas, cerca de US$ 700] por mês", disse o ex-soldado ucraniano mobilizado.

Revenko contou que havia um homem com ele no centro de recrutamento que trabalhava em uma agência do governo e que veio para estender seu adiamento, válido por mais uma semana.

Porém, esse homem também foi mobilizado e enviado para o centro de treinamento no mesmo grupo onde estava Revenko.

A lei sobre a intensificação da mobilização na Ucrânia entrou em vigor em 18 de maio.

Ela facilita o processo de recrutamento de civis para o Exército e estabelece penas mais rigorosas contra quem evita ser mobilizado.