Analista: uso do sistema de mísseis balísticos Oreshnik pela Rússia é um ato preventivo de defesa
O uso por Moscou de sistemas de mísseis de alcance intermediário Oreshnik foi um ato preventivo de defesa da Rússia ante novas ameaças e em resposta à permissão de Washington a Kiev de efetuar ataques em território russo, declarou à Sputnik o analista econômico e político iraniano Ruhollah Modabber.
Nesta semana, o presidente russo Vladimir Putin disse em um discurso que em 19 de novembro Ucrânia conduziu ataques, em instalações nas regiões de Kursk e Bryansk, usando mísseis de longo alcance ATACMS dos EUA e Storm Shadow britânicos. Em resposta ao uso destas armas, a Rússia lançou um ataque combinado em uma instalação do complexo militar-industrial da Ucrânia na cidade de Dnepropetrovsk que produzia equipamentos e armamentos de mísseis.
"O uso de mísseis balísticos hipersônicos Oreshnik pelo Exército da Rússia pela primeira vez foi uma resposta à política hostil de criação de tensão dos EUA [relacionada] com a permissão ao regime neonazista de Kiev de atacar o território russo, [e também foi] um ato preventivo de defesa da Rússia diante das novas ameaças e uma mensagem [dizendo que] o Exército russo tem o armamento mais moderno e melhor preparado, [o surgimento do qual] o Ocidente não esperava", disse Modabber.
Moscou advertiu reiteradamente que a OTAN está "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, e que os trens com equipamentos militares estrangeiros seriam um "alvo legítimo" para seu Exército assim que cruzassem a fronteira. Segundo o Kremlin, a política ocidental não contribui para as negociações entre Rússia e Ucrânia e tem um efeito muito negativo.