PT: Bomba contra STF é episódio de terror e confirma risco que extrema direita representa
A cúpula do PT classificou a tentativa de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) com bombas como um episódio de terror. Também afirmou que o caso mostra que a extrema-direita representa um risco para a democracia e para o País. As declarações estão em nota da Executiva Nacional do partido divulgada nesta sexta-feira, 15.
O PT se refere a Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, homem que atirou bombas contra a sede da Suprema Corte e depois explodiu um artífice sob a própria cabeça. O ataque foi na noite de quarta-feira, 13, em Brasília.
“O novo atentado contra o STF esta semana confirma dramaticamente os riscos que a extrema direita, seus métodos violentos e seu discurso de ódio e mentiras configuram, em escala crescente, para a democracia e o país. os chefes políticos e ideológicos dos extremistas. O novo episódio de terror encadeia-se na espiral de violência que eles incitam de forma coordenada e sistemática", afirma a cúpula petista.
A nota cita a tentativa de destruição de um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília no final de 2022. Essa foi uma das ações de grupos bolsonaristas descontentes com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de ano. Dias depois, grupos que queriam impedir que um grupo de petistas atacassem as sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
O partido pede proteção a articuladores, mandantes e financiadores dos ataques, sob o argumento de ser uma medida indispensável "para conter a ousadia da extrema-direita e impedir novos episódios e até mesmo uma escalada de terror e violência".
Segundo o PT, ainda há envolvido no dia 8 de janeiro impune “no Parlamento, na mídia e nas redes sociais”. O partido se colocou contra o projeto de anistia para os acusados. De acordo com a sigla, esses grupos "condenam agora um atentado contra o alvo que eles mesmos apontaram". Os petistas também rejeitaram a tese de que o episódio desta semana foi um caso isolado.
“O PT denuncia firmemente todas as tentativas de acobertar os responsáveis pela violência política e desviar o curso das investigações. Denúncia a hipocrisia dos que agora se apresentam como democratas, tendo sido cúmplices do desgoverno de Jair Bolsonaro”, afirma a legenda.
“É pela intimidação e pela força brutal que a extrema direita interfere na vida política do País. Isso já foi claro na primeira campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, defensor da ditadura, da tortura e dos torturadores, que usava os dedos em forma de arma como símbolo e encenava metralhar petistas nos palanques", declara a nota da Executiva do PT.