Debate da Globo foi mais propositivo, mas não faltaram provocações, avalia cientista político
Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), que, conforme as pesquisas, disputam duas vagas no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, ensaiaram na noite desta quinta-feira, 3, um comportamento mais propositivo no debate promovido pela TV Globo - o último antes da votação de domingo (6).
No decorrer do encontro, no entanto, os adversários voltaram a recorrer às provocações e ataques mútuos. Boulos questionou Marçal pelo estilo "bonzinho" adotado no debate e acusou o rival de misoginia. Na resposta, o candidato do PRTB chamou Boulos de "esquerdopata maluco".
No embate com Nunes, Marçal relembrou uma acusação de violência doméstica contra o rival. Nunes, por sua vez, chamou o adversário de "covarde".
Já a candidata Tabata Amaral (PSB), foi incisiva em críticas aos três primeiros colocados, mas conseguiu ser efetiva na apresentação de propostas. Em entrevista à Rádio Eldorado, o cientista político Renato Dorgan, diretor-executivo do Instituto Travessia e especialista em pesquisas qualitativas e quantitativas, avaliou que Tabata pode ter conseguido "certa conversão de indecisos". Durante o confronto, ele monitorou, em uma pesquisa qualitativa, as reações de eleitores declarados dos candidatos e aqueles que diziam ainda não saber em quem votar.