Laurentino Veiga

Amor inesquecível

Publicado em 08/02/2025 às 08:00
Laurentino Veiga

“ Lá no Céu tem alguém que eu amo e me faz tanta falta ”. Conheci a deodorense Aurilene Morais de Araújo no dia 13 de novembro de 1972, na residência de minha comadre Regina Morcerf, testemunha ocular desse amor inesquecível que marcou nossas vidas durante 49 anos de felicidade.


Esposei-a no dia 05 de fevereiro de 1977, na Igreja de Nossas Senhora das Graças, sob as bênçãos do Padre Dario. Momento solene, de encantamento, e, principalmente, com as presenças dos nossos familiares e amigos que compareceram àquela marcante solenidade.


Dessa perfeita união, nasceram a professora universitária Vanessa Pollyanna (primogênita), a advogada Vanissa Paloma, meu filhão Francis Lawrence Morais da Veiga - in memoriam. E, por extensão, meus queridos netos Hugo Daniel / Kennedy Veiga - que ainda choram a perda que enlutou in family.


Convivi com Aurilene Morais da Veiga beirando meio século. Educada, companheira fiel, compreensiva, que me ajudou durante toda nossa convivência amorosa. Sempre solícita e atenciosa. Às vezes, me corrigia com a educação que lhe era própria. Dela sinto falta, mas o Céu tem a sorte de ter você. Na sua bem-sucedida trajetória terráquea, exerceu o cargo de bibliotecária na UFAL, exímia professora de Inglês do CESMAC e outras escolas da rede privada, bem como advogada militante no ramo trabalhista e previdenciário. Ética, inteligente, ainda hoje suas colegas reclamam sua presença no mundo jurídico.


Infelizmente, quis o destino que voltasse à Casa do Pai no dia 01 de fevereiro de 2021. Seu corpo repousa no Cemitério Parque das Flores ao lado de seu querido filho Francis Lawrence. Chorei feito menino-homem. Hoje, diuturnamente, rezo o Rosário de Nossa Senhora de Fátima rogando-lhe piedade a sua bondosa alma.


A bem da verdade, tudo na vida tem sentido de acontecer. Nada é aleatório, muito pelo contrário; os fatos acontecem obedecendo a vontade do Deus Eterno. Somos obrigados a aceitar o destino que nos leva a sofrer. E, o que os resta, são as lindas recordações de momentos inesquecíveis.


Todavia, o tempo não passa e sua presença se faz constante através da saudade. Hoje faz 04 anos de sua partida e relembro, ouvindo essa música - My Way (Frank Sinatra):


Eu vivi uma vida completa/ Eu viajei por toda e qualquer estrada/ E mais, muito mais que isso/Eu fiz isso do meu jeito/ Arrependimentos, tenho alguns/ Eu fiz o que eu tive que fazer/ Eu planejei cada curso traçado/ Cada passo cuidadoso ao longo da trilha/ E mais, muito mais que isso/ Eu fiz isso do meu jeito, do nosso jeito! Eu amei, chorei e sorri...