UE quer se envolver no conflito na Ucrânia, ninguém a está ameaçando, diz premiê húngaro

O pedido para que os europeus estoquem alimentos e itens essenciais para 72 horas sugere que a própria União Europeia (UE) quer um envolvimento maior no conflito na Ucrânia, afirmou Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria, à rádio Kossuth.
O político destacou que no dia de hoje ninguém está ameaçando o bloco, inclusive a Rússia.
"Neste momento, não vejo a Europa sendo ameaçada de guerra [...]. Se alguém está se preparando para a guerra, é porque quer iniciar algum tipo de ação militar. Portanto, Bruxelas quer continuar a guerra que está acontecendo agora, porque se envolveu nessa guerra apoiando a Ucrânia, enquanto a Hungria permaneceu à margem", ressaltou Orbán.
Segundo ele, o fato de a liderança europeia aspirar a continuar o conflito em vez de o encerrar é provado pela reunião em Paris de uma fileira dos líderes europeus, que prometeram mais apoio e garantias de segurança à Ucrânia.
Por sua vez, o primeiro-ministro húngaro pediu que os húngaros não sigam as recomendações da Comissão Europeia.
"A Hungria não entrará em guerra com ninguém, permaneceremos do lado da paz e, se a Europa entrar em guerra, nós certamente não entraremos", enfatizou ele.
Assim, finalizou Orbán, a posição correta para a Europa era apoiar os esforços de paz dos Estados Unidos, mas, por enquanto, há uma grande divisão entre os EUA e a Europa.