Os líderes da União Europeia (UE) afirmaram nesta quinta-feira (20) que continuarão a apoiar a Ucrânia, mas não endossaram imediatamente o apelo do presidente ucraniano, Vladimir Zelenskiy de apoio de pelo menos 5 bilhões de euros (R$ 30 bilhões) para a compra de munições de artilharia.

"Precisamos de fundos para projéteis de artilharia e realmente apreciaríamos o apoio da Europa com pelo menos cinco bilhões de euros o mais rápido possível", disse Zelensky aos líderes da UE reunidos em Bruxelas, por meio de videoconferência.

Não houve resposta sobre o valor pedido por parte dos representantes dos países dos bloco, mas o presidente da cúpula, António Costa, disse que os membros da UE prometeram 15 bilhões de euros em ajuda à Ucrânia nas últimas semanas e acredita que aumentarão esses compromissos.

Kallas havia proposto anteriormente um compromisso de até 40 bilhões de euros (R$ 240 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia até 2025, com cada país contribuindo de acordo com seu tamanho econômico, mas a proposta enfrentou resistência de alguns países, principalmente no sul da Europa.

Reforçar as defesas da UE também esteve na agenda da cúpula, bem como a atual postura dos EUA em relação a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que não dá garantias de continuidade de apoio financeiro.

Zelensky estará em Paris na próxima quinta-feira (27) para realizar conversas com uma coalizão de países dispostos a discutir formas de ajudar a defender a Ucrânia, disse o presidente francês, Emmanuel Macron.

O primeiro ministro húngaro, Viktor Orbán, foi o único presente a não endossar o apoio. Orbánjá se declarou inclusive contra a adesão da Ucrânia à UE.

Na semana passada, o premiê húngaro enfatizou que este a UE "não quer ajudar os ucranianos, mas quer colonizá-los" e decidiram que a Ucrânia deve continuar no conflito.