Carta brasileira para a COP30 reforça resposta urgente para crescente crise climática

O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(COP30), embaixador André Correa dò Lago, apresentou hoje (10) a carta com a visão brasileira para a cúpula que acontece em novembro, em Belém (PA).
O documento conta com 11 páginas e reforça importância da união entre os países para o enfrentamento de um desafio que testará a capacidade de adaptação e inovação da humanidade neste século. Além disso, fala em canalizar as forças para ações coletivas e construtivas.
"À mudança é inevitável - seja por escolha ou por catástrofe. Se o aquecimento global não for controlado, a mudança nos será imposta, ao desestruturar nossas sociedades, economias e famílias", ressalta a carta.
A carta também destaca a peculiaridade do ano em que acontece a COP em Belém, uma vez que 2025 chega com a certeza que "2024 foi ano mais quente já registrado globalmente".
"A COP3O será, portanto, a primeira a ocorrer indiscutivelmente no epicentro da crise climática e a primeira a ser sediada na Amazônia, um dos ecossistemas mais vitais do planeta e que, de acordo com os cientistas, agora corre o risco de ponto de inflexão irreversível" , diz o documento.
Além da importância do que deve ser debatido, a carta também é enfática ao afirmar para quem é direcionada.
"A carta é direcionada aos líderes e partes interessadas nas negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, (UNFCCC na sigla em inglês), segundo Corrêa do Lago, a intenção é que as ideias apresentadas extrapolem os 196 países-partes do tratado internacional e recebam a anuência, inclusive, de outras nações, reforçando um verdadeiro mutirão global".
O documento também ressalta o Acordo de Paris, afirmando que o tratado existe, "mas há muito mais a ser feito". Além disso, afirma a importância dos líderes globais responderem com afinco a crescente crise climática que assola o mundo. "Não haverá liderança global no século XXI que não seja definida pela liderança climática", ressalta a carta.