Washington precisa de esclarecer por parte de Kiev sobre o que a Ucrânia está pronta para fazer para alcançar a paz, com a cessão territorial sendo uma concessão óbvia, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, neste domingo (2).

“Não podemos obter detalhes dos ucranianos, mas isso claramente será algum tipo de concessão territorial”, disse ele em uma entrevista à emissora CNN.

Waltz afirmou ainda que o governo dos EUA também espera por concessões por parte da Rússia e que os países europeus deverão fornecer garantias de segurança para a Ucrânia no futuro.

"Este [conflito] precisa ter garantias de segurança orientadas pela Europa daqui para a frente. Parte disso é a contribuição da Europa para sua própria defesa", disse Waltz, lembrando que, ao mesmo tempo que auxiliam a Ucrânia, os europeus fortalecem suas próprias capacidades de defesa.

Sobre o fato de o Reino Unido e a França estarem considerando enviar suas tropas para a Ucrânia como parte de suas "garantias de segurança" para Kiev, Waltz afirmou que seria aconselhável os lados não se precipitarem ao discutir essa questão, argumentando que ainda é cedo para pensar em tais garantias quando as duas partes nem se sentaram à mesa.

“Nosso ponto é — falar sobre os detalhes definidos das garantias de segurança é como falar sobre os detalhes da garantia antes de você saber se vai comprar uma coisa. Estamos levando ambos os lados à mesa de negociação, e ainda assim as pessoas tentam colocar a carroça na frente dos bois”, disse Waltz.

A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, no entanto, duvida que o líder ucraniano Vladimir Zelensky esteja pronto para negociar o fim do conflito de boa fé.

“Não ficou claro se o presidente [Vladimir] Zelensky está pronto para negociar e agir de boa fé para acabar com esta guerra”, disse Waltz.

Após uma recente discussão entre Zelensky e Trump, o conselheiro da Casa Branca disse que Washington não tinha certeza se seria capaz de levar os dois lados envolvidos no conflito à mesa de negociações. Para além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA não está revisando o acordo fracassado, o que indica que um novo documento deveria ser treinado do zero.