Europa não é capaz de ajudar Ucrânia no longo prazo sem apoio norte-americano, afirma especialista

Após a briga entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, na Casa Branca, a Ucrânia se tornou menos importante para a administração Trump e, assim, a Europa terá que apoiar as forças ucranianas sem os EUA, opinou à Sputnik Gyorgy Nogradi, especialista político húngaro.
Segundo Nogradi, a Ucrânia ficou do lado dos americanos, obrigando a Europa a assumir o financiamento do país.
"O Partido Popular Europeu emitiu uma declaração de apoio à Ucrânia e à sua adesão à OTAN, mas, na prática, a Europa sem os EUA só pode apoiar a Ucrânia no curto prazo", ressaltou ele.
Além disso, enfatizou, a administração do presidente norte-americano Donald Trump, ao invés da administração do ex-presidente dos EUA Joe Biden, não apoia as ideias de Zelensky de obter uma vitória total sobre os russos.
Porém, destacou Nogradi, o líder atual ucraniano não entendeu a posição da nova administração americana, tendo fracassado durante sua conversa com Trump no Salão Oval, porque se converteu como estava habituado.
"Em essência, Zelensky queria negociar da mesma forma que fez nos últimos três anos: agradeço seu apoio e exijo o seguinte […]. A fórmula de Zelensky é implementar seu 'plano de vitória', recuperar tudo e assim por diante. Os americanos não o apoiam nisso", acrescentou.
Assim, finalizou o especialista húngaro, esta reunião foi um golpe forte nas posições do atual líder ucraniano, que pioraram significativamente.
O encontro entre o presidente norte-americano Donald Trump e o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky, realizado em Washington nesta sexta-feira (28), se transformou em uma troca de farpas.
Segundo a mídia, Trump expulsou Zelensky após uma altercação, enquanto o líder norte-americano se sentia desrespeitado. A assinatura de um acordo sobre metais de terras raras entre Washington e Kiev foi cancelada.