Premiê eslovaco acusa Ucrânia de interferir para desestabilizar o país
Em meio a uma onda de protestos de manifestantes europeísta, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, revelou que um terço desses manifestantes são ucranianos.

Na sexta-feira, uma onda de protestos antigoverno eclodiram em mais de 20 cidades eslovacas. Sob o slogan "A Eslováquia é Europeia", os protestos foram organizados por uma organização pró-Ucrânia, e o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, compartilhou imagens dos manifestantes em Bratislava em sua conta no X.
A imagem foi postada inicialmente por Juraj Rizman, parceiro da ex-presidente eslovaca Zuzana Caputova. Na legenda, Zelensky disse que "Bratislava não é Moscou. A Eslováquia é a Europa".
"É ridículo quando ouço que o presidente ucraniano está compartilhando postagens do Sr. Rizman, o parceiro da Sra. Caputova, enquanto repórteres ucranianos vão a protestos onde um terço [dos participantes] são ucranianos falando contra o governo eslovaco", disse o premiê a mídia televisiva.
Dessa forma, televisão ucraniana está apresentando histórias sobre a insatisfação entre os ucranianos que vivem na Eslováquia, acrescentou Fico.
A esse respeito, uma lista de instrutores estrangeiros que trabalharam para desestabilizar a situação na Eslováquia está sendo preparada para expulsão, disse o primeiro-ministro.
"Uma lista de pessoas que serão expulsas da Eslováquia está sendo elaborada agora. Isso acontecerá nos próximos dias", disse Fico.
O premiê também chamou o comentário de Zelensky sobre os protestos da Eslováquia de "interferência absolutamente inadequada em assuntos internos".
Na quarta-feira (22), Fico disse que há especialistas estrangeiros ativos na Eslováquia que estavam envolvidos em protestos na Geórgia e em Maidan, na Ucrânia. O primeiro-ministro alertou que os protestos podem levar a tentativas de ocupar prédios governamentais e derrubar seu governo.
Por Sputinik Brasil