'Um crime sionista contra todo o povo iemenita', houthis reagem aos ataques de Israel
Após os bombardeios israelenses nesta quinta-feira contra o Iêmen, o movimento rebelde iemenita Ansar Allah, também conhecidos como houthis, destacou que esta ofensiva representa um "crime sionista contra todo o povo iemenita".
Segundo agências internacionais, o porta-voz dos houthis, Mohamed Abdelsalam, observou nas redes sociais que os ataques contra o aeroporto internacional de Sanaa e outras infraestruturas civis "não impedirão" o Iêmen de apoiar Gaza.
"Esta é a política deste inimigo criminoso que matou milhões de palestinos e cometeu genocídio em Gaza", acrescentou Abdelsalam.
Gamal Amer, negociador dos houthis, condenou o bombardeio israelense e criticou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu , chamando-o de "criminoso" por atacar portos e usinas de energia. "Em vez disso, [este ataque] é uma indicação de fracasso e falta de engenhosidade", afirmou.
O membro dos houthis garantiu que o ataque israelense ocorreu pouco depois de o avião da ONU ter aterrissado, transportando o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que se encontrava numa sala de espera após terminar a sua missão no Iêmen.
Amer considerou que a agressão representa um "desprezo para com as Nações Unidas", razão pela qual apelou a outras organizações internacionais para "penalizarem" as ações do governo de Israel que contrariem as leis internacionais.
De acordo com a mídia internacional, as forças aéreas israelenses lançaram um ataque "baseado em inteligência" contra infraestruturas utilizadas pelos gouthis no aeroporto de Sanaa, nas usinas de Hezyaz e Ras Kanatib, e outras posições nos portos de Hodeida, Salif e Ras Kanatib
Pelo menos duas pessoas foram mortas em decorrência dos ataques israelenses no aeroporto internacional de Sanaa, uma terceira também foi morta no porto de Ras Kanatib, segundo a mídia local, que também afirmou que 11 pessoas ficaram feridas no local.