Ministro de Lula está de 'aviso prévio' por insatisfação interna do governo, crava fonte à Sputnik
Ainda sem concretizar sua volta em um ritmo 100%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem em suas mãos a difícil missão de resolver pendências internas no seu primeiro escalão.
Com dificuldades enfrentadas dentro do Congresso Nacional para aprovação de pautas mais progressistas, a presidência brasileira está planejando "não uma minirreforma", mas "algumas realocações e trocas", segundo fontes ventilaram à Sputnik Brasil.
Após seis dias de internação para realizar um procedimento de retirada de um hematoma intracraniano, chefe do Executivo brasileiro obteve alta médica e vai deixar o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Esses dias, inclusive, conforme ressabiou um auxiliar de Lula, "foram dias de muita tensão e insatisfações" dentro das pastas federais envolvendo peças-chaves da gestão do petista.
De acordo com outra fonte palaciana, o ministro Chefe da Secom, Paulo Pimenta, estaria com seus dias contados. "De aviso prévio [...] E a chateação vem da própria Janja com a falta de comunicação de um ministro que é responsável por isso", disparou. E, também por uma "incompetência e ingerência", uma vez que há pessoas que tecnicamente estão abaixo do seu guarda-chuva, mas fazem questão de responder diretamente ao presidente.
O clima em Brasília não está dos melhores, pois há muita negociação para ser feita, principalmente no que envolve as pautas da reforma tributária, o pacote de corte de gastos e a reação do mercado financeiro sobre os anúncios. Algumas medidas teriam desagradado o mercado financeiro, o que teria refletido na alta do dólar.
Quanto a isso, o auxiliar de Lula retrucou dizendo que "o que é possível estamos fazendo e o presidente [Lula] vai resolver essa questão da maneira que for necessária. O que não podemos, como ele sempre lembra, é onerar os mais pobres em prol de um mercado que tem seus problemas".
Sem viagens
Pelos próximos 15 dias, o presidente não pode realizar atividades físicas, restringindo-as a passeios, tampouco pode realizar viagens internacionais, embora voos de curta duração estejam liberados.
Em entrevista exclusiva concedida ao Fantástico, da TV Globo, no último domingo (15), Lula disse que, a 15 dias do fim do seu segundo ano como presidente, seu governo cumpriu tudo que planejou para os dois primeiros anos e que a partir de 2025 é hora de colher o que foi plantado em um período que considerou ser também de reconstrução.
"2025 é o ano da colheita, agora vamos começar a colher. As coisas vão acontecer nesse país", ressaltou durante entrevista à mídia brasileira.
Por Sputinik Brasil