Interpol prende 26 pessoas por desmatamento ilegal na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai
A organização internacional de cooperação policial, a Interpol, e autoridades paraguaias prenderam 26 pessoas acusadas de desmatar ilegalmente e traficar árvores na Região Amazônica da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
De acordo com a organização, "duas redes criminosas e 12 empresas dedicadas ao desmatamento ilegal e ao tráfico de espécies arbóreas nativas foram descobertas na operação liderada pelo Paraguai e coordenada pela Interpol", aponta o comunicado.
Denominada Panthera Onca, a operação apreendeu cerca de mil toras e 250 postes de madeira de quebracho, muito valorizada por sua densidade e pelo alto teor de taninos, informou a Interpol.
Ao todo foram identificados 28 crimes, como falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, corrupção, entre outros.
Foi detida e extraditada para o Brasil uma pessoa que estava sob notificação vermelha da Interpol por crime de fraude. Outro homem também foi entregue às autoridades brasileiras para cumprir pena de 15 anos de prisão por tráfico de drogas e armas.
A região da Tríplice Fronteira abrange o nordeste da Argentina, o leste do Paraguai e o Sul do Brasil, disse a organização internacional. O desmatamento também tem ligações com a pecuária.
Vários instrutores especializados provenientes de Brasil, Argentina e Paraguai ministraram treinamento aos agentes de primeira linha, a fim de capacitá-los na detecção de crimes relacionados aos recursos florestais e à resposta a esses crimes no local.
No Brasil, segundo informações da unidade de agrobiologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dos 200 milhões de hectares de pastagens nativas ou implantadas, 65% (ou 130 milhões) estão degradados ou necessitam de alguma intervenção para reverter o estado em que se encontram.
Por Sputinik Brasil