Dos 45% que vão utilizar o 13º em compras, 21% serão para jogos de azar, mostra pesquisa
Dos 45% ou 39 milhões de brasileiros que vão utilizar o 13º salário ou renda extra em compras, 21% pretende aplicar o recurso em jogos, o que inclui as bets (apostas esportivas), loterias, dentre outros. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Locomotiva e QuestionPro.
O motivo, segundo o presidente do instituto, Renato Meirelles, é a busca por multiplicar o ganho salarial adicional com as apostas eletrônicas. "É a falsa sensação do ganho fácil, da ilusão de controle", avalia.
Do total da população, outros 54%, ou 46 milhões, pretendem guardar o dinheiro ou investir. Já os que querem quitar as dívidas, são 22 milhões de brasileiros ou 26%.
A pesquisa apresentou resultados que refletem respostas múltiplas. Nesse caso, uma pessoa pode demonstrar interesse tanto em pagar as dívidas como em investir, por exemplo. Pensando nisso, 44 milhões (60%) de consumidores que buscam comprar com o 13º salário demandam principalmente roupas e acessórios. Adquirir alimentos e bebidas é a intenção de 57%, e calçados, de 53%.
Classes e gerações
Entre os entrevistados das classes AB, investir ou guardar o dinheiro do 13º é o objetivo da maioria (62%), seguido de fazer compras (47%) e pagar dívidas (21%). Porém, para os estratos sociais DE, a prioridade passa a ser as compras (43%), enquanto investir ou guardar e quitar dívidas é a ideia de 45% e 20%, respectivamente.
A análise por gerações aponta que na Z - engloba jovens de 18 a 29 anos - 62% declara que tem a intenção aplicar a renda extra ou de não gastar. Na X (41 a 60 anos), 55% das pessoas seguem a mesma tendência. Já para os millennials (30 a 40 anos), a ideia principal da maior parte dos que responderam (49%) é ir às compras. Os baby boomers (61 anos ou mais) registram 44% tanto para comprar quanto para guardar ou investir.
A geração X é a que mais pretende pagar as dívidas com o 13º salário ou renda extra, com 31% dos entrevistados respondendo que realocarão os recursos para esse fim. Em seguida estão baby boomers (28%), Z e millennials, ambos com 21%.
Para a pesquisa, foram feitas 1.461 entrevistas digitais por meio de autopreenchimento em todo País com pessoas acima de 18 anos. O período de coleta de dados ocorreu entre 2 e 4 de dezembro, e a margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais.