DEFESA

Rheinmetall une forças com especialista em sistemas de drones de combate dos EUA, diz mídia

Visando o mercado de armas, a maior empresa de defesa da Alemanha está trabalhando com a Auterion dos EUA para integrar seus sistemas a um padrão operacional comum para o controle de seus drones de batalha.

Por Sputinik Brasil Publicado em 09/12/2024 às 10:46
© Foto / Rheinmetall - Der integrierte Technologiekonzern

A Rheinmetall vai integrar seus drones com software desenvolvido pela Auterion com o objetivo de configurar um sistema militar que combine precisão com escala, após observar os desdobramentos no campo de batalha ucraniano.

De acordo com a apuração do Financial Times (FT), o presidente-executivo da Auterion, Lorenz Meier, acredita que o sistema operacional da Auterion permitiria ao "cliente combinar todos os drones em uma base comum e integrar diferentes fabricantes em uma arquitetura comum", disse Meier.

A tendência de mudança de sistemas tripulados para não tripulados tem marcado os conflitos na atualidade. Considerada uma "força tática" com poder de fogo considerável, a parceria da Auterion com a Rheinmetall pretende garantir que os sistemas autônomos possam se comunicar entre si.

Ainda segundo a apuração do FT, o diretor digital da Rheinmetall, Timo Haas, observou que no conflito na Ucrânia existem mais de "duzentos sistemas aéreos não tripulados diferentes" e que garantir o treinamento militar necessário para a operação dos sistemas, além de ser caro e demorado, não garante a interoperabilidade dos sistemas.

A Auterion, junto com outras empresas, já faz parte de uma iniciativa do Departamento de Defesa dos EUA para desenvolver um padrão de código aberto para sistemas autônomos com objetivo de tornar os sistemas pertencentes a aliados e membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) interoperáveis.

Analistas avaliam que a grande fabricante de tanques, veículos de combate de infantaria e drones de combate, Rheinmetall tem sido a grande vencedora ocidental do conflito na Ucrânia, uma vez que recebeu financiamento público e aumentou os gastos com defesa dos governos europeus especialmente diante das ameaças do futuro presidente norte-americano Donald Trump de não manter a aliança caso seus membros não ampliassem os gastos com defesa e aquisição de equipamento militar.