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Brasil deverá sediar a Cúpula Brasil-UE em 2025

Publicado em 06/12/2024 às 13:00
José Cruz/Agência Brasil

O factsheet do governo brasileiro sobre o acordo do Mercosul com a União Europeia anunciado nesta sexta-feira, 6, informa que o Brasil deverá sediar a Cúpula Brasil-UE em 2025. O documento faz questão de enfatizar o tempo todo as diferenças entre o consenso obtido nesta sexta e o de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro.

O texto relata, por exemplo, que, sob a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde 2023 o governo brasileiro empenhou-se em garantir que a negociação produzisse um resultado equilibrado, levando em conta interesses e preocupações do País, por exemplo, com o desenvolvimento industrial, a sustentabilidade e o espaço para políticas públicas em áreas estratégicas, como saúde pública e tecnologia e inovação.

"Os interesses do Brasil foram tratados num contexto em que a União Europeia, em 2023, apresentou ao Mercosul novas demandas na área ambiental, o que levou a uma negociação em que ambos os blocos propuseram ajustes e adições em relação ao chamado 'pré-acordo' de 2019."

O anúncio de 2024, conforme o texto desta sexta, marca a conclusão definitiva da negociação birregional, o que assinala a diferença com relação à declaração "política" divulgada em junho de 2019, quando ainda persistiam temas pendentes de negociação.

O texto traz também a linha do tempo recente das negociações: entre 2023 e a conclusão definitiva em 2024, representantes dos dois blocos realizaram sete rodadas negociadoras presenciais, todas em Brasília.

Esses encontros foram acompanhados, nesse período, de inúmeros encontros, presenciais e virtuais, entre negociadores-chefes dos dois blocos e técnicos negociadores.

O apoio em alto nível político à conclusão do Acordo foi reiterado nos seis encontros que o presidente Lula teve com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desde junho do ano passado. "Os ajustes realizados ao acordo, por meio das negociações levadas a cabo em 2023 e 2024, além de trazerem maior equilíbrio para os compromissos em sustentabilidade, contribuirão para assegurar que o Brasil possa alavancar políticas de interesse público e fortalecer a indústria nacional - ao mesmo tempo em que proporciona oportunidades econômicas para todo o espectro da sociedade."