Mídia: sanções dos EUA aos chips podem impactar o impulso de autossuficiência do setor na China
Os EUA se preparam para adicionar vários fornecedores importantes de equipamentos e materiais para chips chineses à sua lista de restrições comerciais
De acordo com o SCMP, fábricas de chips e parceiros da Huawei — sob sanções dos EUA desde 2019 — vão estar entre as cerca de 200 empresas chinesas nos controles de exportação de Washington cuja lista atualizada deve ser anunciada no próximo final de semana (30).
Em um grande esforço para brecar o setor de semicondutores chinês, segundo as fontes, os EUA devem sancionar igualmente empresas de capital de risco que estejam relacionadas ao setor, como, por exemplo, fornecedores de gás especial, fundamental em várias etapas da produção das peças.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, condenou as restrições comerciais planejadas por Washington e disse que Pequim tomaria medidas resolutas para defender os interesses comerciais do continente, uma retórica que tem sido adotada em diversos campos da disputa comercial entre eles sob o argumento do direito à reciprocidade e um apelo ao cumprimento das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) por parte dos EUA.
Ainda segundo o SCMP, as novas sanções devem marcar uma grande escalada na rivalidade tecnológica entre os EUA e a China desde outubro de 2023, quando o governo Biden reforçou suas restrições de exportação introduzidas em 2022 visando a indústria de semicondutores do gigante asiático alegando usos de dupla finalidade pelas Forças Armadas chinesas, mas estas restrições visavam principalmente o setor de inteligência artificial (IA).
Mesmo com as sanções, a China tem trabalhado para construir uma cadeia de suprimentos de semicondutores autossuficiente, o único impedimento, no entanto, segue sendo a dependência de ferramentas importadas de tecnologia de ponta, como litografia e sistemas de inspeção por feixe de elétrons.
Por Sputinik Brasil