Ocidente instiga Ucrânia sobre bomba suja e terrorismo nuclear, diz chefe da Segurança da Rússia
O Ocidente está secretamente pressionando Kiev a se envolver em atividades terroristas nucleares, bem como a criar uma "bomba suja", disse o diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), Aleksandr Bortnikov.
"Os anglo-saxões estão secretamente incitando Kiev a uma escalada perigosa: se engajar em terrorismo nuclear e criar uma 'bomba suja'", disse Bortnikov, durante uma reunião da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) em Moscou.
Kiev é capaz de provocar um incidente com uma "bomba suja" para combater a Rússia e seus objetivos na operação militar especial, já que as capacidades existentes permitem que a Ucrânia crie tal dispositivo, disse o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, no início de novembro.
Funcionários do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) estão sendo treinados no uso, fabricação e detonação de uma "bomba suja" em locais lotados, relatou o general.
Uma "bomba suja" é um recipiente cheio de isótopos radioativos e uma carga explosiva. Quando detonado, o recipiente se quebra e o material radioativo é espalhado pela onda de choque, causando contaminação generalizada em grandes áreas.
Ucrânia se transformou em campo de testes
O diretor do FSB ressaltou ainda que Ocidente transformou a Ucrânia em um laboratório, afirmando que — se observado o panorama geopolítico — visa criar e aplicar métodos para minar a segurança da Rússia e de outras regiões, afirmou Bortnikov.
"Ameaças à segurança dos países da CEI estão principalmente ligadas ao curso agressivo e cínico do Ocidente coletivo e do regime de Kiev que ele alimentou", disse Bortnikov durante a reunião em Moscou.
"Por meio de seus esforços, a Ucrânia foi transformada em um campo de testes para experimentar métodos para minar a segurança não apenas da Rússia, mas de todo o espaço pós-soviético", observou o diretor do FSB.
Política externa dos EUA permanecerá inalterada
Para Bortnikov, a vitória do presidente eleito Donald Trump não deve conduzir a qualquer mudança significativa na política externa de Washington, afirmou Bortnikov.
"O Ocidente coletivo, liderado pelos EUA, visando preservar seu domínio e continuar suas políticas coloniais predatórias, só pode responder a esses processos com o 'atiçar' da tensão geral", disse o diretor.
"É improvável que a eleição de um novo presidente dos EUA leve a uma mudança radical na política externa de Washington", ele acrescentou.
Biden pode tentar escalar conflito ucraniano
"Além disso, é possível que a administração Biden de saída, dentro da estrutura de lutas políticas domésticas, tente escalar a situação em regiões-chave da Eurásia — principalmente no espaço pós-soviético, Oriente Médio e Sudeste Asiático. O objetivo principal é complicar a capacidade da nova administração de resolver politicamente os problemas acumulados", explicou Bortnikov.
Segundo ele, "o primeiro passo já foi dado: o regime de Kiev foi autorizado a lançar ataques de mísseis de longo alcance em profundidade no território russo, o que inevitavelmente levará a uma escalada do conflito na Ucrânia e suas regiões vizinhas", explicou.
Ucrânia se tornou um mercado de armas fantasma
De acordo com Bortnikov, a Ucrânia é hoje um mercado global de armas fantasma, através dela, inúmeros tipos de armamento são constantemente transferidos para outras regiões instáveis.
"A consciência da população ucraniana foi reestruturada com uma agenda antirrussa. Terras, recursos naturais e empresas industriais estão sendo compradas por corporações transnacionais. O território se tornou um ímã para mercenários e terroristas de todo o mundo", afirmou.