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Plano de execução de Lula: advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia do caso e recua na sequência

Na última quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas ligadas à antiga gestão por golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direto.

Publicado em 22/11/2024 às 21:13
© Foto / Fernando Frazão / Agência Brasil

Em entrevista à GloboNews, o advogado do delator Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que o ex-ajudante de ordens do governo teria confirmado no Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro sabia do plano de execução contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.

"Confirma que sabia, sim. Na verdade, o presidente de então sabia tudo, comandava essa organização", declarou, ao ser questionado sobre o assunto.

Na sequência, a conexão da entrevista, que ocorria de forma remota, caiu e só foi retomada após quase dez minutos, quando o advogado de Cid recuou da fala e enfatizou que não foi usada a expressão "plano de morte".

"Agora, uma coisa importante que eu tenho que retificar, que saiu uma coisa errada aí, eu não disse que o Bolsonaro sabia de tudo. Até porque o tudo é muita coisa, né. Alguma coisa evidentemente ele tinha conhecimento, mas o que é o plano? O plano tem um desenvolvimento muito grande", acrescentou.

Tentativa de golpe de Estado em dezembro de 2022

A decisão pelo indiciamento se refere ao inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota do ex-presidente para Lula nas eleições de 2022.

Na conclusão da PF, que possui mais de 800 páginas, consta o nome de 37 pessoas, entre elas aliadas do ex-presidente, em especial o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Por Sputinik Brasil