EUA

Trump prepara estratégia para deportação em massa com América Latina em foco, diz mídia

A equipe do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está desenvolvendo uma estratégia dura para a América Latina, que será um elemento-chave do plano para uma deportação em larga escala de migrantes.

Por Sputinik Brasil Publicado em 21/11/2024 às 23:21
© AP Photo / Alex Brandon

É o que informou, nesta quinta-feira (21), o portal internacional de notícias CNN.

A América Latina continua sendo o foco da equipe de Trump por a região ser o principal ponto de partida das migrações, disse o veículo, acrescentando que a estratégia inclui a restauração de medidas duras, como o programa "Fique no México", que exige que os migrantes requerentes de asilo esperem suas solicitações correrem fora dos Estados Unidos, bem como novos acordos com parceiros regionais.

De acordo com a mídia, a estratégia também incluirá incentivos e pressão sobre países que se recusarem a aceitar deportados. A equipe de Trump espera ter sucesso usando alavancagem diplomática e sanções, bem como apoiando aliados.

Trump e as nomeações 'pouco convencionais'

As nomeações de Trump, que incluem Marco Rubio como figura central, Pete Hegseth na Defesa, e Tulsi Gabbard, ex-democrata e agora republicana, na diretoria de Inteligência Nacional, foram interpretadas como pouco convencionais. No entanto o analista Mieres Vitanza discorda.

"Minha opinião é que esse gabinete é muito ortodoxo. A maioria dos indicados está vinculada à ala radical da direita norte-americana e possui ampla experiência em temas de defesa", afirmou.

Para Vitanza, o foco da equipe de Trump é priorizar a contenção da China e romper alianças estratégicas na América Latina. "O objetivo desse time é frear a influência de Pequim na região e enfraquecer blocos como o BRICS ou a Aliança do Pacífico", assegurou.

Pressão sob a Ucrânia para negociar fim do conflito

O especialista também destacou que uma possível negociação sobre o conflito ucraniano poderia liberar recursos para uma agenda mais voltada à revitalização da indústria norte-americana e à redução da inflação.

"Essas prioridades internas também afetarão as dinâmicas globais, particularmente em economias emergentes como as da América Latina", acrescentou.