Indiciamento de Bolsonaro será levado até o fim pelo STF e condenação será dura, diz fonte da Corte
Nesta quarta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pelas investigações da Polícia Federal (PF).
À Sputnik Brasil, fontes ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) sinalizaram que, chegando na Corte, "a condenação será dura" e que "servirá de lição para os que tentam fazer algo contra os Três Poderes e contra a Constituição".
Neste momento, Mauro Cid, o ex-ajudante de obras de Bolsonaro, está prestando contas ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes, dando detalhes para embasar a sua delação. Segundo fontes, Mauro está embasando suas denúncias "com provas de que Bolsonaro tenha participado ativamente" do crime.
Auxiliares de Moraes dizem que "não há como definir nada agora", mas que "assim que os documentos chegarem nas mãos [dos ministros] no STF, a reação não deve ser das melhores".
Já auxiliares do procurador-geral da República, Paulo Gonet, dizem que "há interesse, sim, de a PGR denunciar os indiciados". Mas é preciso aguardar, pois "novas diligências podem ser solicitadas".
Operação Contragolpe
Na terça-feira (19), a operação Contragolpe da PF prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e discutido na residência do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022.
De acordo com as investigações, um material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação.
Por Sputinik Brasil