EUA

Biden deve perdoar US$ 4,65 bilhões da dívida da Ucrânia antes de Trump tomar posse, diz mídia

A administração cessante de Joe Biden notificou o Congresso dos Estados Unidos da sua intenção de perdoar US$ 4,65 bilhões da dívida da Ucrânia, informou a agência Bloomberg, citando um documento.

Por Sputinik Brasil Publicado em 21/11/2024 às 06:00
© AP Photo / Matt Kelley
"A administração Biden disse ao Congresso que planeja cancelar US$ 4,65 bilhões [cerca de R$ 26,8 bilhões] da dívida da Ucrânia, de acordo com uma carta obtida pela Bloomberg, a mais recente de uma série de medidas destinadas a reforçar o apoio a Kiev antes que o presidente eleito, Donald Trump, tome posse", observou o artigo.

Isto faz parte da dívida total da Ucrânia de US$ 9 bilhões (aproximadamente R$ 52,04 bilhões), que Kiev adquiriu ao abrigo de um pacote suplementar de financiamento de segurança nacional de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 346,9 bilhões) aprovado pelo Congresso em abril.

O documento observava que o cancelamento parcial da dívida "ajudando assim a Ucrânia a vencer é do interesse nacional dos Estados Unidos e dos seus parceiros da União Europeia [UE], do G7+ e da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]", afirmou o Departamento de Estado em uma carta ao Congresso datada de 18 de novembro, informou a mídia.

Pelo segundo ano consecutivo, a Ucrânia apresenta um orçamento com um déficit recorde, que pretende cobrir na maior parte com a ajuda dos seus parceiros ocidentais. Estima-se que em 2024 o déficit atinja US$ 43,9 bilhões (mais de R$ 253,7 bilhões).

Entretanto, nos países ocidentais, a aprovação de novos pacotes de ajuda só ocorre após longos debates. O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Ucrânia, Gavin Gray, observou que o apoio a Kiev deve diminuir ao longo do tempo, tornando necessário que as autoridades ucranianas desenvolvam recursos internos para se financiarem.

Por sua vez, Vladimir Zelensky expressou a sua frustração com a falta de financiamento da Ucrânia para a produção interna de armas e com a lentidão da ajuda ocidental.