ECONOMIA

Rússia começa a usar ativos congelados de estrangeiros no país em resposta à UE e EUA, diz ministro

A Rússia começou a usar ativos estrangeiros congelados no país como resposta a ações similares de países da União Europeia (UE) e Estados Estados, declarou o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, nesta quarta-feira (20).

Publicado em 20/11/2024 às 18:43
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"Fazemos exatamente a mesma coisa. Se os países ocidentais decidiram usar nossos ativos e os rendimentos desses ativos, o lado russo está implementando as mesmas ações", disse Siluanov ao canal Rossiya 1.

O ministro destacou que Moscou utilizará os ativos congelados de investidores ocidentais, participantes do mercado financeiro e empresas, como uma resposta proporcional às ações hostis de outros países.

Após o início da operação militar russa na Ucrânia, a UE e países do G7 congelaram quase metade das reservas de câmbio estrangeiro da Rússia, totalizando aproximadamente 300 bilhões de euros (R$ 1,8 trilhões). Desse total, mais de 200 bilhões de euros (R$ 1,2 trilhões) estão retidos na UE, principalmente em contas da Euroclear, um dos maiores sistemas de compensação e liquidação do mundo.

Na última cúpula, o G7 concordou em fornecer à Ucrânia um empréstimo de US$ 50 bilhões (R$ 288 bilhões), que será reembolsado com os juros provenientes dos ativos russos congelados no Ocidente.

Já o Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu o congelamento de ativos russos na Europa como um ato de roubo, destacando que a UE não mira apenas fundos privados, mas também recursos estatais russos.


Por Sputinik Brasil