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G20 pretende criar força-tarefa para discutir inteligência artificial

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Publicado em 18/11/2024 às 21:18

O documento final da Cúpula de Líderes do G20 , grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana, prevê a criação de uma força-tarefa ou uma “iniciativa de alto nível” para discutir o uso da inteligência artificial (IA ). Segundo o texto, caberá à presidência da África do Sul, que assumirá o comando do grupo nesta terça-feira (19), tentar estabelecer diretrizes para a tecnologia.

Segundo o comunicado, emitido no início da noite desta segunda-feira (18), a força-tarefa ou iniciativa de alto nível garantirá continuidade ao grupo de trabalho de economia digital do G20. Durante a presidência brasileira no grupo, os ministros do Trabalho e Emprego do G20 concordaram em estabelecer diretrizes para o desenvolvimento da inteligência artificial.

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Sem citar a palavra “regulação”, a redação elaborada após intensas negociações diplomáticas, o documento final do G20 destacou “preocupações éticas e riscos” no uso da IA.

“Nós reconhecemos que o desenvolvimento, a implantação e o uso de tecnologias emergentes, incluindo a inteligência artificial, podem oferecer muitas oportunidades aos trabalhadores, mas também representam preocupações éticas e riscos para os seus direitos e bem-estar”, ressaltou o texto.

Entre os dilemas apresentados, está um possível aumento da desigualdade global provocado pelo desenvolvimento diferente das capacidades digitais entre os países. O documento também envolve a necessidade de reduzir a desigualdade digital de gênero nos próximos seis anos e incluir trabalhadores avançados à evolução tecnológica.

A IA, ressaltou o comunicado, precisa de respeito à privacidade, à segurança dos dados e à propriedade intelectual.

“À medida que a IA e outras tecnologias começam a evoluir, também é necessário superar as divisões digitais, incluindo reduzir pela metade a divisão digital de gênero até 2030, priorizar a inclusão de pessoas em situações vulneráveis ​​no mercado de trabalho, bem como garantir o respeito justo pela propriedade intelectual, proteção de dados, privacidade e segurança”, especificamente o comunicado.