A poucos metros da Cúpula do G20, manifestantes protestam mortes em Gaza e no Líbano (VÍDEOS)
Um protesto contra a guerra em Gaza e no Líbano foi convocado nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro. A ideia dos manifestantes era aproveitar a presença dos líderes mundiais na cidade para exercer pressão por um cessar-fogo.
A manifestação pró-Palestina foi realizada na área carioca da Cinelândia, região localizada a menos de 1 km de distância do Museu de Arte Moderna (MAM) onde está sendo feita a Cúpula de Chefes de Estado do G20. Inicialmente os protestantes desejavam realizar uma passeata até o MAM, mas foram barrados pela polícia de se aproximar.
Entoando canções contrárias às mortes causadas pelas Forças de Defesa de Israel, o movimento contou com a presença de partidos políticos como o Partido da Causa Operária, movimentos sociais camponeses, indígenas e apoiadores da causa palestina.
Vindo de Nova York o rabino Yisroel Dovid Weiss, membro do Neturei Karta, grupo judaico antissionismo, conversou com a Sputnik Brasil.
"Estamos aqui porque queremos que os líderes mundiais tenham clareza que o apoio ao Estado de Israel é um apoio a um genocídio."
Segundo o representante judeu, o Estado de Israel é "um movimento nacionalista" que data de 140 anos atrás. "É uma questão nacionalista puramente material."
"Não temos permissão para matar ou roubar. Como judeus, nunca, desde a destruição do templo, tentamos criar uma lei, tentamos criar nossa própria soberania. Isso é inaceitável de acordo com a religião judaica."
Para Weiss, os líderes mundiais foram "enganados por Israel" que se dizem ser os representantes mundiais do judaísmo. "É tudo mentira. É patentemente falso [...]. Estamos implorando como representantes da religião judaica que eles entendam que estão sendo enganados", afirmou à reportagem.
"Não é antissemita parar esse genocídio. É antissemita o genocídio que está acontecendo."
Por Sputinik Brasil