RÚSSIA

Negociações de paz exigem diálogo entre Rússia e Ucrânia, defende chanceler da Colômbia no Brasil

Autoridade colombiana está no Rio de Janeiro, onde estará presente na cúpula do G20.

Publicado em 17/11/2024 às 21:01
© Sputnik / Yevgeny Biyatov
"Qualquer diálogo em busca da paz entre Rússia e Ucrânia exige que ambas as partes estejam presentes. No que diz respeito à Colômbia, o presidente Gustavo Petro é uma figura importante, um líder global consultado por sua posição diante deste conflito. Ele nos instruiu a trabalhar por uma paz justa entre esses dois países", declarou Murillo em uma coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, onde participa da cúpula do G20.

A Colômbia demonstrou disposição em apoiar esforços para construir uma paz estável e duradoura entre Rússia e Ucrânia. Nesse contexto, Murillo visitou Moscou neste semana, quando se reuniu com o homólogo russo, Serguei Lavrov, para discutir a possibilidade de promover diálogos de paz entre os dois países.

"Rússia está disposta e aberta a dialogar sobre paz com a Ucrânia. Essa foi a mensagem do presidente [russo, Vladimir] Putin", afirmou o chanceler colombiano.

Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia conduz a operação militar especial na Ucrânia com o objetivo de proteger a população de um "genocídio pelo regime de Kiev" e mitigar os riscos à segurança nacional causados pela expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em direção ao leste europeu.

A última rodada de negociações entre Moscou e Kiev ocorreu em 29 de março de 2022, na cidade turca de Istambul. Desde então, os dois países não retomaram as conversas. Moscou declarou várias vezes estar disposta a negociar, mas condiciona a retomada das negociações à revogação de um decreto ucraniano que proíbe Kiev de negociar com a Rússia.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, se ofereceu em diversas ocasiões como mediador no conflito. Em parceria com o ex-presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, Petro propôs uma trégua de cinco anos como base para um acordo de paz. Contudo, a proposta foi rejeitada por Vladimir Zelensky, que a classificou como "muito ruim".

Até o momento, a Ucrânia condiciona o cessar das hostilidades à recuperação de todos os territórios, incluindo a Crimeia.

Em junho deste ano, Putin apresentou condições para iniciar negociações de paz, incluindo a retirada das tropas ucranianas de quatro novos territórios russos (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie), o compromisso da Ucrânia de não aderir à OTAN, a manutenção de um status neutro e não nuclear, além do levantamento de todas as sanções contra a Rússia. Zelensky rejeitou a proposta, classificando-a como um "ultimato".

Por Sputinik Brasil