Choque direto EUA-Rússia traz risco nuclear grave: 'Mais próximo do que pensamos', diz analista
Os Estados Unidos têm avançado com sua política ilusória da Ucrânia, drenando vidas do país enquanto aumentam os riscos de escalada, disse Jeffrey Sachs anteriormente à Sputnik.
O mundo está prestes a explodir, e "é muito chocante", alertou o economista norte-americano de renome mundial Jeffrey Sachs.
O confronto direto entre os Estados Unidos e a Rússia traz ameaças muito sérias e reais, disse ele durante uma palestra na capital da Armênia, Yerevan.
Os dois lados possuem milhares de ogivas nucleares, lembrou o presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Sachs se referiu ao atual conflito por procuração na Ucrânia como um confronto aberto travado pelos EUA, onde a Ucrânia tem prestado "um bom serviço ao morrer em nome dos norte-americanos".
Enfatizando que a conflagração é entre duas superpotências nucleares, ele questionou: "Você sabe o quanto falamos sobre o risco nuclear desta guerra? Zero".
De acordo com o economista, qualquer conversa nos EUA sobre os perigos inerentes de um impasse entre duas superpotências nucleares é considerada de "muito mau gosto" e descartada como se "[o presidente russo Vladimir] Putin estivesse apenas blefando".
A popularidade de tal ponto de vista nos EUA pode levar a uma situação catastrófica, de acordo com o especialista, quando não haverá tempo para dizer: "Desculpe, erramos".
"Teremos um minuto antes que o míssil caia [...]. E é assim que o mundo acaba", disse ele.
"Isso é realmente muito sério e muito mais próximo do que pensamos", alertou Sachs. A razão para essa situação terrível, explicou, é porque "não somos bem liderados", aludindo aos falcões de gatilho rápido em Washington e no Ocidente.
"Eles não eram os melhores alunos da classe, mas eles têm as mãos nos mísseis [...] e acreditam em jogos de guerra", resumiu o economista.
Há pouca chance de que o presidente Joe Biden conduza os Estados Unidos no sentido de uma "boa direção" durante o restante de seu mandato, disse Jeffrey Sachs anteriormente à Sputnik.
"Precisamos de uma política externa completamente nova, baseada em negociação, respeito mútuo com outras grandes potências e paz [...]. Os EUA não parecem ter muito pensamento sólido no topo [do poder] agora", disse o analista.
Por Sputinik Brasil