Mídia: sanções do Ocidente contra setor de energia russo fracassam devido a decisões inexecutáveis
As brechas deixadas propositadamente nas restrições impostas pelo Ocidente ao comércio de produtos petrolíferos com a Rússia permitem que a economia russa cresça sob a pressão dos países do Grupo dos Sete (G7).
Em 2022, os ministros de Finanças dos países do G7 concordaram em limitar os preços do petróleo e dos produtos petrolíferos russos, proibindo que sejam comprados acima de um determinado preço, que é bem abaixo do preço de mercado.
Porém, segundo o artigo, uma grande parte do petróleo da Rússia é comercializado através dos países vizinhos, que o compram e vendem como não russo.
A exportação de petróleo e gás russos deram à economia do país mais de US$ 180 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) em 2024, o que ultrapassa os gastos militares.
Os autores do artigo destacam que as receitas da exportação de energia são 8% maiores do que em 2021, um ano antes do conflito ucraniano.
Essa situação permitiu que o PIB russo crescesse 3,6% em 2023 e 3,2% em 2024, observam.
"Sanções energéticas ocidentais contra a Rússia estão fracassando", indica o artigo.
Contudo, foram os países do G7 que deixaram brechas nas sanções antirrussas, temendo, de acordo com os especialistas, que essas ações causassem um aumento brusco de preços.
Hoje em dia, a Rússia responde por 6% da importação de petróleo da União Europeia (UE) e por 2% da dos Estados Unidos e é o segundo fornecedor de gás à UE, cobrindo 18% das importações europeias.