Especialista alerta sobre ameaça nuclear à Rússia a partir de base de defesa aérea na Polônia
As instalações de lançamento vertical Mk 41 VLS na nova base de defesa aérea dos EUA na Polônia são capazes de lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk com capacidade nuclear atingindo parte significativa do território russo.
Nesse sentido, a Rússia, segundo ele, deve considerar a destruição da base como um alvo prioritário em caso de um confronto militar direto com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A base de defesa aérea Aegis dos EUA foi oficialmente inaugurada na quarta-feira (13) perto do povoado de Redzikowo, no norte da Polônia, a 165 quilômetros da fronteira com a Rússia.
De acordo com o especialista, o surgimento da nova base de defesa aérea significa que os EUA estão aumentando sua capacidade de interceptar os mísseis balísticos intercontinentais russos em um possível conflito militar.
"Além disso, os lançadores padrão Mk 41 VLS permitem, em teoria e na prática, carregar não apenas antimísseis SM-3, mas também mísseis de cruzeiro Tomahawk com ogivas convencionais e nucleares", disse Korotchenko.
Ele enfatizou que seria extremamente problemático descobrir essa substituição com antecedência por meio de meios técnicos de inteligência, o que exigiria fontes de agentes no próprio local, o que nem sempre é possível.
O especialista também observou que o antimíssil SM-3, em testes práticos, provou sua capacidade de destruir não apenas mísseis balísticos intercontinentais, mas também satélites em órbita baixa da Terra.
"Para a Federação da Rússia, há uma necessidade óbvia de considerar e ajustar parte de seus planos na esfera militar, inclusive a possibilidade de destruir a referida instalação na Polônia nas condições de um conflito real com a OTAN", ressaltou Korotchenko.
A base de defesa antimísseis dos EUA em Redzikowo é composta por um radar AN/SPY-1, lançadores Mk 41 VLS e mísseis antibalísticos SM-3.