EXECUÇÃO

Barroso: Delator 'psicografou mensagem dizendo que não foi bem defendido pela polícia de SP'

Publicado em 13/11/2024 às 22:03
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Em meio ao grande impacto da ação violenta de pistoleiros armados que executaram tiros de fuzil o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, encontrou espaço para fazer uma brincadeira na sessão desta quarta , 13.

Durante o julgamento da ADPF das Favelas, Barroso foi nomeado ministro Alexandre de Moraes e disse. "O denunciante do PCC psicografou uma mensagem dizendo que não foi bem defendido pela polícia de São Paulo."

Foi uma resposta de Barroso a um comentário de Moraes sobre a possibilidade de a Polícia Militar de São Paulo ter defendido o Supremo no dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e da Corte. Na ocasião, a PM do Distrito Federal não impediu a marcha dos radicais.

Vinicius Gritzbach foi executado na última sexta, 8, com 10 tiros no aeroporto de Guarulhos quando desembarcou de uma viagem para Maceió. Na sessão do STF, Moraes tomou uma palavra para defender a necessidade de uma Promotoria de controle externo da atividade policial.

Ele pontudo. "Todo mundo reclama da Polícia Militar, mas quando a coisa aperta todo mundo chama." Em seguida, o ministro Gilmar Mendes acrescentou. “Não foi a Polícia do DF que veio defender o Supremo”. O comentário do decano provocou risos no plenário da Corte.

Alexandre de Moraes, que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, retrucou. "Se fosse a Polícia Militar de São Paulo, isso não teria acontecido, posso garantir."

Em uma discussão descontraída, o presidente da Corte tomou uma palavra para contrapor Moraes e falou da ‘mensagem psicografada’ que, segundo ele, foi enviada ao STF pela vítima do ataque no aeroporto.

O plenário do Supremo segue com o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n° 635, conhecida como ADPF das Favelas, protocolada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Sob a relatoria do ministro Edson Fachin, o mérito da ação trata da adoção de um plano para redução da letalidade nas operações policiais no estado do Rio de Janeiro.

Nesta quarta-feira, o relator da ação apresentou o relatório do caso, seguido pelas sustentações orais das partes envolvidas, como o PSB, o Estado do Rio e o Ministério Público fluminense.