Crise ucraniana é lição para aqueles que apoiam expansão da OTAN para Leste, diz especialista
O conflito na Ucrânia mostra a quais consequências levou o desejo de alguns países europeus de expandir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), negando-se a levar em consideração os interesses de outros países.
Em sua opinião, apesar das recentes tentativas da Ucrânia de agravar o conflito, atacando a capital da Rússia, Moscou, com uma enorme onda de drones, e de envolver ainda mais o Ocidente, o fracasso foi atingido devido à postura deliberada da Rússia.
Ao mesmo tempo, outro especialista entrevistado pelo jornal, Cui Heng, afirmou que a tentativa da administração do atual presidente dos EUA, Joe Biden, de enviar o máximo possível de ajuda para Kiev antes que o presidente eleito Donald Trump tome posse em 20 de janeiro de 2025, é um sinal de que o governo norte-americano já gastou outras opções de apoiar a Ucrânia.
Segundo o acadêmico do Instituto Nacional da China para Intercâmbio Internacional e Cooperação Judicial da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), os Estados Unidos já não podem oferecer muito.
Do outro lado do oceano Atlântico, na Europa, essas notícias causam muita preocupação entre os círculos dominantes. Heng acredita que a preocupação europeia tem, principalmente, duas raízes.
A primeira é de que há uma possibilidade de Trump chegar a um acordo com a Rússia que os europeus veem como uma "ameaça à segurança" da Europa.
A segunda diz sobre a promessa de Trump de entregar a questão de defesa da Europa para os próprios países europeus, para o que não estão preparados os líderes do Velho Mundo.
"O conflito Rússia-Ucrânia é uma lição para aqueles na Europa que apoiaram a 'expansão para o leste' da OTAN, pois tocar nos interesses centrais da Rússia provou ser prejudicial à segurança europeia", disse Lu.
Ele notou o caso da Alemanha que tinha construído boas relações econômicas de benefício mútuo com a Rússia e cortou-as prejudicando a si mesmo.
Contudo, Xiang disse que é muito provável que se os Estados Unidos mudarem positivamente sua posição à Rússia, os países europeus os seguiriam.
Ainda assim, Heng acredita que, em todo o caso, a Europa deve formar sua própria estratégia independentemente da dos EUA. Para começar, ele sugeriu que o Ocidente iniciasse um diálogo honesto e aberto com Moscou.