RELAÇÕES EXTERIORES

Uganda recebe convite da Rússia para se tornar parceiro do BRICS, diz MRE

Uganda recebeu um convite da Rússia para se tornar país parceiro do BRICS e está estudando a proposta, disse o ministro das Relações Exteriores da república africana, Abubaker Jeje Odongo, à Sputnik.

Publicado em 10/11/2024 às 10:25
© Sputnik / Kirill Zykov

No sábado (9), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou em uma reunião com seu colega ugandense, à margem da primeira Conferência Ministerial do Fórum de Parceria Rússia-África, que a Rússia apoia Uganda como país parceiro do BRICS.

"Uganda foi convidado a se tornar membro-parceiro do BRICS. Recebi o convite há cerca de três dias. Agora estamos passando por todos os procedimentos necessários para determinar se aceitaremos o convite ou não", disse ele.

Nesse sentido, o interlocutor da agência observou que o BRICS abre novas oportunidades para seu país no atual mundo multipolar, onde alguns países da África e América Latina compartilham a visão da Rússia em fóruns internacionais.

Segundo ele, o continente africano está enfrentando desafios que as instituições mundiais tradicionais não podem resolver, o que fez a África se orientar para outros parceiros.

"O BRICS, a China e outros são opções que estamos considerando e analisando agora em termos da profundidade dos resultados necessários", afirmou à Sputnik.

BRICS em 2024

O BRICS é uma associação interestatal criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2024. Em 2025, a presidência vai passar para o Brasil.

O ano começou com a entrada de novos membros na associação: além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, o BRICS agora inclui o Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

A 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, com a participação de representantes de 36 países e seis organizações internacionais, foi realizada de 22 a 24 de outubro deste ano.

O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, pois o presidente Lula da Silva teve que cancelar sua viagem um dia antes devido a um acidente doméstico.

A cúpula foi o evento final da presidência russa da associação, e foi realizada sob o lema de fortalecer o multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança.