Irã demonstrou a Israel apenas 'pequena parte' de sua capacidade de retaliação, diz chefe do IRGC
O Irã lançou cerca de 200 mísseis balísticos em Israel em 1º de outubro, visando instalações militares, bases aéreas e o quartel-general da Mossad.
Operação Verdadeira Promessa-2 mostrou apenas uma "pequena parte" das capacidades militares do Irã, disse Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã – a força que executou os ataques iranianos de 1º de outubro contra Israel.
"Nós temos usado apenas uma pequena parte de nossas capacidades contra o inimigo, que trouxe todos os seus talentos para o campo", disse Salami em um evento na cidade de Mashhad, no nordeste do Irã, na sexta-feira (8).
"No decorrer da Operação Verdadeira Promessa-2, nós até atacamos a base dos sionistas em Netzarim, no coração de Gaza, então a escolha dos funcionários do regime é entre o mau e o pior", acrescentou Salami.
Caracterizando o Exército israelense como uma "força desgastada", seus funcionários como "deprimidos" e sua economia como "em farrapos", Salami sugeriu que "os EUA estão gerenciando tudo" para seu Estado cliente e, citando os resultados da eleição presidencial dos EUA, disse que a votação mostrou que a resistência em Gaza provou ser capaz de expulsar "um governo americano belicista" do poder, com o povo norte-americano decidindo não votar em aqueles que armam "a máquina de matar de Israel".
Salami instou o novo governo de Trump para reduzir o apoio a Israel, alertando que Washington está ciente de que expandir o conflito só irá prejudicar os interesses, o prestígio e a credibilidade dos EUA.