Indústria nacional e biodiversidade: as prioridades de Alckmin no Fórum Brasil de Investimentos
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou o potencial da indústria brasileira, além da produção de biocombustíveis, energia limpa e produção alimentícia.
Ele mencionou diversos setores fundamentais da indústria nacional, com ênfase à produção aeronáutica e ao agronegócio, entre outros.
Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) enviaram representantes ao evento, apoiado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O vice-presidente destacou o portal único para comércio exterior, o que facilita exportações e importações. Segundo ele, esse sistema digital permite o uso de uma licença de operação válida por até quatro anos — medida que, segundo Alckmin, pode reduzir em até R$ 40 bilhões os custos anuais com comércio exterior.
Alckmin também ressaltou o papel do Brasil na produção de biocombustíveis. "O biodiesel já representa 14% da composição do diesel, e esse índice deve subir para 20% em breve. Além disso, o Brasil lidera a produção de etanol e biocombustíveis, consolidando sua posição na segurança energética global", afirmou.
Para o setor aéreo, ele aponta o potencial do Brasil em desenvolver combustíveis sustentáveis, mencionando a aliança entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para fomentar esses combustíveis no mercado global.
Alckmin defendeu a reforma tributária para melhorar a economia. Segundo ele, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) projeta um crescimento de 12% do PIB em 15 anos caso a reforma seja implementada, principalmente ao desonerar investimentos e exportações.
A questão climática também foi mencionada, com destaque para a queda de 40% no desmatamento da Amazônia neste ano.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, ressaltou a postura pacífica do país e o papel de liderança diplomática desempenhado pelo presidente Lula. "Somos um país com uma cultura de paz em um mundo onde as tensões geopolíticas estão em escalada militar extrema. O presidente Lula tem a paz como um princípio inegociável, sempre buscando saídas diplomáticas para as crises."
Ele também lembrou que o Brasil, "há 150 anos, é um país sem guerra", o que gera estabilidade política.
Segundo ele, a agricultura brasileira mantém-se como uma das principais exportadoras de alimentos no mundo, garantindo segurança alimentar global. Ele enfatizou que, apesar dos impactos climáticos, como a seca no Norte e os temporais no Rio Grande do Sul, o Brasil segue em ritmo de crescimento, com projeções de expansão econômica de 3,1% para este ano.
"Precisamos perseguir uma meta de investimento que seja fundamental, atingível e que sustente o crescimento econômico com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental."