FMI: Turquia deve prosseguir com políticas fiscais para consolidar estabilidade
O Fundo Monetário Internacional vê a necessidade de a Turquia prosseguir com políticas fiscais, monetárias e de renda coordenadas para ancorar as expectativas inflacionárias e consolidar a estabilidade macroeconômica.
Em avaliação das condições econômicas do país, divulgada nesta sexta-feira, o FMI elogiou as autoridades turcas pelo aperto decisivo da política desde meados de 2023, o que ajudou a reduzir significativamente os desequilíbrios e riscos macroeconômicos. Nos cálculos do fundo, as taxas de juros reais ex ante - a taxa de juros nominal menos a taxa de inflação esperada - em patamares contracionistas, crescimento salarial moderado e política fiscal mais contracionista em 2025 devem reduzir a inflação para 43% neste ano e 24% no final de 2025.
Entre as medidas que o país deveria adotar para melhorar o quadro econômico, o FMI sugere o fortalecimento da administração tributária, a racionalização dos gastos tributários, a ampliação da base tributária e a reforma dos subsídios de energia.
As sugestões incluem ainda a limitação dos gastos de capital a projetos essenciais e o aprimoramento do monitoramento de riscos.
Os diretores do FMI também pediram mais esforços para lidar com os riscos fiscais decorrentes de passivos contingentes em empresas estatais, parcerias público-privadas e custos do sistema de pensão.