Ouro fecha em alta, com dólar mais fraco e incerteza no Oriente Médio
O ouro fechou a sessão desta sexta-feira, 11, em alta, em meio a um dólar mais fraco e dados sobre a inflação ao produtor (PPI, em inglês) dos EUA que trouxeram números abaixo do esperado na margem, mas acima do previsto em base anual. O metal precioso também se beneficia da expectativa do mercado para a coletiva de imprensa do Ministério das Finanças da China neste sábado, sob aguardo de novos estímulos.
O ouro para dezembro fechou em alta de 1,40%, a US$ 2,676,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o metal precioso avançou 0,31%.
O PPI americano ficou estável em setembro ante agosto, abaixo do previsto, e seu núcleo avançou 0,2%, como previsto, mantendo as esperanças de um possível corte de 25 pontos-base nos juros em novembro. "Os dados sugerem que algumas autoridades do Fed podem se arrepender de ter iniciado seu ciclo de flexibilização com um corte maior de 50 pontos-base na taxa de juros", afirma o economista-chefe da Capital Economics para a América do Norte, Paul Ashworth, em nota. "Prevemos uma redução mais modesta de 25 pontos-base na reunião do próximo mês".
Os traders também estão aguardando a conferência de imprensa do Ministério das Finanças da China no sábado. Investidores esperam outro pacote de estímulo de grande porte para aliviar a dívida local e impulsionar as atividades de consumo, diz o chefe de pesquisa de mercado do RHB Bank, Barnabas Gan.
De acordo com observadores do mercado, os preços do ouro são sustentados por um cenário macroeconômico de alta e pelo aumento da demanda por moedas porto-seguro em meio ao conflito no Oriente Médio. Segundo o The Washington Post, o gabinete de segurança israelense se reuniu ontem à noite sem votar para aprovar uma ação militar contra o Irã, aumentando a incerteza sobre quando o ataque pode ocorrer.
*Com informações da Dow Jones Newswires