AJUDA MILITAR

EUA liberam US$ 320 milhões em ajuda militar para Egito em meio a guerra em Gaza

Publicado em 11/09/2024 às 21:37
EUA liberam US$ 320 milhões em ajuda militar para Egito em meio a guerra em Gaza Reprodução

Hoje o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, notificou o Congresso para liberação de US$ 320 milhões em ajuda militar ao Egito, condicionada ao histórico de direitos humanos do país, em um sinal da crescente importância do Cairo para a abordagem dos EUA em relação à guerra em Gaza, de acordo com autoridades americanas.

A decisão inclui liberação de US$95 milhões que precisam de uma certificação do Secretário de Estado Antony Blinken de que o Egito teve progresso em seu histórico de prisioneiros políticos e outras questões de direitos, uma medida que provavelmente atrairá críticas dos defensores dos direitos humanos.

A decisão vem no momento em que o Egito possui um papel central com Washington em relação a Gaza, ajudando a mediar conversas entre Israel e o Hamas para um possível acordo de cessar-fogo que libertaria reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

O acordo de cessar-fogo tem sido um dos principais objetivos da política externa do governo americano este ano.

"Essa decisão é importante para o avanço da paz regional e das contribuições específicas e contínuas do Egito para as prioridades de segurança nacional dos EUA, especialmente para finalizar um acordo de cessar-fogo para Gaza, trazer os reféns de volta para casa, aumentar a assistência humanitária para os palestinos necessitados e ajudar a pôr um fim duradouro ao conflito entre Israel e Hamas", disse um porta-voz do Departamento de Estado.

A deliberação marca uma mudança de postura do governo Biden em relação ao Egito, pois os EUA retiveram US$ 85 milhões de sua ajuda no ano passado devido a preocupações com os direitos humanos.

Ao todo, os EUA vão liberar US$ 1,3 bilhão em ajuda militar para o Egito em 2024, de acordo com um porta-voz do Departamento de Estado. Do total, US$ 980 milhões já foram notificados ao Congresso. O restante dependerá de condições de direitos humanos, exigindo uma decisão da Administração.