Durigan fala em crescimento próximo de 2,9% este ano e revisão na previsão do PIB
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira que, diante do crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda deve fazer uma revisão da projeção para o PIB para 2024 para algo próximo dos 2,9% registrados no ano passado.
A última previsão feita pela SPE, em julho, manteve a estimativa em 2,5%. Neste mês, a secretaria publicará sua grade de parâmetros atualizada. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou que o governo "muito provavelmente" irá reestimar a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano.
"Eu acho que é importante a gente considerar que esse resultado não vem de um vazio, temos construído uma agenda com generosidade, credibilidade, melhoria no ambiente de negócio, consolidação fiscal", avaliou Durigan, em entrevista à CNN.
O secretário disse ainda que a equipe econômica aposta na aprovação e na sanção dos projetos de lei que regulamentam a reforma tributária ainda em 2024. Ele considera que há ambiente no Senado para destravar o debate. "Se deixar para 2025, com compromisso de horizonte para administração (tributária das empresas), não é de prejuízo maior. Não seria o melhor cenário, mas estamos prontos para trabalhar nessa situação", ponderou.
Durigan afirmou ainda que não haveria problema se a sabatina no Senado do atual diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para a presidência do órgão for postergada para outubro. Ele disse que o indicado é "extremamente técnico" e foi uma "ótima escolha" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), confirmou que será relator na Casa da indicação de Galípolo, mas explicou que ainda não há uma data definida para a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário, em função do calendário mais apertado com as eleições municipais de outubro.