Arroz ainda está caro para consumidor, diz ministro Paulo Teixeira
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, voltou a afirmar que os preços do arroz praticados no mercado nacional estão acima do patamar considerado adequado pelo governo. "Acho que o preço ao consumidor tem de melhorar. Está caro ainda", disse Teixeira a jornalistas nos bastidores da Expointer, feira agropecuária realizada em Esteio, no Rio Grande do Sul.
Há uma semana, o ministro havia dito que o governo entende que o preço adequado do arroz no mercado nacional estaria em R$ 90 a R$ 100 por saca ao produtor. O indicador de preço pago ao produtor Cepea/Irga subiu 1,42% em um mês, atingindo ontem R$ 118,14 por saca. "Faremos nova reunião com produtores na semana que vem para manter o preço do arroz a um valor acessível", afirmou o ministro.
De acordo com Teixeira, não está no "horizonte" do governo realizar novo leilão para compra pública de arroz, dado o acordo firmado de monitoramento de preços com produtores de arroz e indústria. "Teremos um cenário de aumento da produção de arroz no Brasil no Centro-Oeste e até mesmo no Rio Grande do Sul", destacou, citando uma nova cultivar da Embrapa.
Teixeira também comentou sobre a escolha de Arnoldo Campos para a Diretoria Executiva de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), chancelada na última quarta-feira pelo Conselho de Administração da companhia. "Arnoldo é um grande técnico. Foi quem construiu no início o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e as compras institucionais. Talvez ele esteja entre os maiores especialistas em abastecimento do Brasil", avaliou. Segundo o ministro, a escolha de Campos foi uma decisão de consenso entre MDA, Ministério da Agricultura e direção da Conab.