MERCADO FINANCEIRO

BNDES quer ser âncora em ofertas de pequenas empresas

Publicado em 09/08/2024 às 04:36
BNDES Reprodução

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está disposto a ser o âncora de ofertas de pequenas e médias empresas, incluindo as aberturas de capital (IPO, em inglês) dessas companhias na BEE4, primeiro mercado regulado de negociação de ações tokenizadas no Brasil - e que também planeja entrar em renda fixa. As ações tokenizadas são ativos que podem ser trocados utilizando tecnologia blockchain.

Em um debate ontem na BEE4 para discutir as novas fronteiras do mercado de capitais e o desenvolvimento do mercado de acesso, o diretor financeiro e de mercado de capitais do BNDES, Alexandre Abreu, apresentou alguns aspectos da nova estratégia de investimentos do banco, que prevê a ancoragem de ofertas públicas, incluindo IPOs de pequenas e médias empresas.

"O BNDES está se preparando para retomar seus investimentos no mercado de capitais. Nosso objetivo é ancorar até 30% das ofertas públicas direcionadas ao segmento de PMEs", disse Abreu, segundo nota da BEE4.

No mesmo debate, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que autorizou o funcionamento da BEE4, João Pedro Nascimento, falou da agenda para promover inovações regulatórias. Ele citou os esforços para que o mercado brasileiro tenha uma nova norma para regular emissões de pequenas e médias empresas. "É fundamental promover maior inclusão de pequenas e médias empresas", disse ele, citando a expectativa de submeter propostas à consulta pública neste ano.

A CEO da BEE4, Patrícia Stille, ressaltou que o desenvolvimento do mercado de acesso brasileiro depende de um trabalho conjunto dos participantes do mercado. A BBE4 já tem quatro empresas listadas, e recentemente algumas delas começaram a distribuir dividendos.

A empresa tem licença também para atuar no segmento de renda fixa, o que planeja iniciar a partir de 2025. A instituição está entre as primeiras iniciativas do mundo a utilizar blockchain em infraestrutura de mercado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.