PARALISAÇÃO

Justiça proíbe greve na Eletronuclear prevista para começar na segunda-feira

Publicado em 02/08/2024 às 14:54

A Eletronuclear informou que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) atendeu ao pleito da empresa durante a audiência de conciliação realizada nesta sexta-feira, 2, e determinou a imediata suspensão dos movimentos grevistas entre os empregados de Angra dos Reis, onde está localizada a Central Nuclear (Angra 1 e 2) , e no Rio de Janeiro, na sede da empresa.

Com a falta de consenso entre os sindicatos representantes dos empregados e a companhia em relação ao fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2026, estavam programados movimentos grevistas, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira.

O ACT foi prorrogado até 16 de agosto, prazo final para que haja um consenso entre a companhia e os sindicatos representantes dos empregados sobre o fechamento do próximo acordo. Caso isso não ocorra, a decisão será tomada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), informou a Eletrobras.

"Dessa forma, as rodadas de negociações serão retomadas até o dia 16, data em que será feita nova audiência perante o TRT. A empresa reitera suas propostas e se compromete a realizar as reuniões necessárias para resolver a questão até o prazo estabelecido", acrescentou a empresa.

Segundo a Eletronuclear, a proposta de acordo coletivo previa a reposição integral da inflação nos salários pelo IPCA durante os próximos dois anos (2024-2026), mantendo-se este mesmo índice para todos os demais benefícios.

A empresa enumerou os benefícios que já são recebidos pelos empregados, e afirmou que nenhum deles será revisto, entre eles plano de saúde; plano odontológico; auxílio creche de mais de R$1.000,00/mês; auxílio babá de mais de R$1.000,00/mês; auxílio escola/educação de mais de R$ 700,00/mês;

Auxílio alimentação de mais de R$1.400,00/mês; Auxílio alimentação extra (natal) de mais de R$1.400,00 (dezembro); entre outros.

A Eletronuclear é controlada pela ENBPar, com 64,1% do capital, e tem como sócia a Eletrobras, com 35,9%, empresa privatizada no governo Bolsonaro. O atual governo tenta obter o controle da empresa nuclear em negociação envolvendo ações da Eletrobras.